O Coral Augusto Zaché se apresentando no Centro Comunitário da Matriz de São Marcos, em Nova Venécia. A presença do coral abrilhantou o almoço beneficente promovido no dia do padroeiro de Nova Venécia. Foto: Izabel Maria da P. Piva, 25-04-2010. Por Rogério Frigerio Piva
A cidade italiana de Venezia, conhecida no Brasil como Veneza, guarda os restos mortais de São Marcos, martirizado em Alexandria, no Egito, e que para lá foram levados em plena Idade Média, por cavaleiros das cruzadas. São Marcos viveu no século I e foi discípulo de Simão Pedro e, a ele se atribui a autoria do mais antigo texto dos evangelhos canônicos, ou seja, oficiais. Desde essa época, a cidade de Venezia, capital da região administrativa do Vêneto, norte da Itália, tem como padroeiro São Marcos.
Como não poderia deixar de acontecer, o Coral Augusto Zaché teve o acompanhamento do acordeon do Bressale e do violão de Paulo Firme no Centro Comunitário da Matriz de São Marcos, em Nova Venécia. Foto: Izabel Maria da P. Piva, 25-04-2010.
O núcleo colonial de Nova Venécia foi oficialmente criado em 1892, mesmo antes, desde 1888, as antigas fazendas da região já recebiam imigrantes italianos, vindos do norte da Itália, em especial da Região do Vêneto, a qual, tem como capital a cidade de Venezia. Portanto, a associação com São Marcos era como que inevitável. Porém, somente a partir de 1925 é que se começou a cogitar a construção de uma capela na vila dedicada ao santo de Venezia.
A construção da antiga igreja, substituida pela atual igreja matriz no início da década de 1960, durou de 1938 a 1942 e, nesta época, consolidou a festa de São Marcos com uma das mais tradicionais no município. Isto ocorreu devido a presença dos imigrantes italianos. Sem a presença destes pioneiros na formação do nosso município, provavelmente, nosso padroeiro seria outro e nossa cidade não se chamaria Nova Venécia.
Se o nosso município foi um verdadeiro mosaico de grupos étnicos em sua formação, devemos destacar que a presença dos italianos influenciou não somente na culinária, mas também na toponímia e na própria religiosidade professada no território do município, algo que não deve ser escondido ou menospresado pois faz parte de nosso patrimônio cultural.
E viva São Marcos!!!
Atualmente, o Coral Augusto Zaché, conta com poucas vozes masculinas, se você tem interesse em participar para manter viva essa tradição, participe dos nossos ensaios toda quarta-feira no Bar do Jadir, na rua Colatina, centro da cidade. Outro aspecto do coral se apresentando na Festa de São Marcos. Foto: Izabel Maria da P. Piva, 25-04-2010.
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